JOÃO-DE-BARRO
Lá no mourão da velha porteira,
Todos os dias, o joão-de-barro cantava;
E eu de longe, atentamente observava,
A alegria da avezinha tão fagueira.
Depois da alegre e harmoniosa cantoria,
Abria as asas e voava até sua morada
No alto dum pinheiro à beira da estrada,
Onde completava sua bela melodia.
Certo dia não mais apareceu,
E nem se ouvia o belo canto seu
E eu, quis saber qual a razão.
Procurei por toda parte da fazenda
E encontrei lá na banda da moenda,
Sua companheira sem vida no chão.