JOÃO-DE-BARRO

Lá no mourão da velha porteira,

Todos os dias, o joão-de-barro cantava;

E eu de longe, atentamente observava,

A alegria da avezinha tão fagueira.

Depois da alegre e harmoniosa cantoria,

Abria as asas e voava até sua morada

No alto dum pinheiro à beira da estrada,

Onde completava sua bela melodia.

Certo dia não mais apareceu,

E nem se ouvia o belo canto seu

E eu, quis saber qual a razão.

Procurei por toda parte da fazenda

E encontrei lá na banda da moenda,

Sua companheira sem vida no chão.

João Barbosa
Enviado por João Barbosa em 17/10/2005
Código do texto: T60425