De volta pra mim
O retrato amarelou,
Há uma figura nele tão desbotada,
Que não mais reconheço a minha saudade.
Aquela que senti doer por tanto tempo.
Os versos criados perderam o sentido,
Um a um, em folhas soltas, voam pelo ar,
São resíduos de um amor que não floresceu,
Sem cultivo, sem carinho, definhou aos poucos,
Perdeu o encanto, o perfume e o viço,
Olhei-te, uma vez mais afastando-te apressado,
Talvez, incerto ainda do caminho escolhido,
Voei em asas abertas para o meu ninho,
Sou ave, sou o sol que aquece,
Sou mulher que ama com a força do coração,
Sou o céu ao meu redor na mais pura emoção,
Sou a luz da lua entre infinitas estrelas,
Sou parte integrante da natureza
Mas hoje sou também aquela que se respeita,
E que, por amor, te esquece.

 

Sônia Ferraz - 22/04/08
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 23/04/2008
Reeditado em 30/01/2009
Código do texto: T958376
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