XANGÔ SOBERANO

Bate atabaque

Roda Yaô

Quem não é rodante

Quem não se garante

Se ponha de lado

Que aí vem Xangô.

Sua força de elefante

Logo se faz notar

No toque do agogô

Na música que vibra no ar

No jeito garboso, faceiro

Cambono, não fique parado

Colha o quiabo no terreiro

Vá preparar o Amalá.

A roupa é branca e vermelha

O fogo que tudo queima

Brilha no seu olhar

Inebriante centelha

O poder de governar

É a força de seus Oxés

Se, com ele, nada tema

A Justiça está aos seus pés.

Ele é o meu Orixá

Me abençoa a cada manhã

Grande e forte Songó

Filho benquisto de Oranian

Poderoso Rei de Oyó

Esposo primeiro de Iansã

De amor, chorou por Oxum

Foi amado, mas não amou Obá.

Kawô Kabiesilé!

Soberano sempre lembrado

Do alto de um trono de pedra

Logo abaixo de Oxalá

Ilumina o meu caminho

Com Ele do meu lado

O desespero não medra

Nem na morte estarei sozinho.

- por JL Semeador, em 21/10/2009 -

jlsantos
Enviado por jlsantos em 21/10/2009
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