MERO POEMINHA REFLEXIVO

Sei que és do teu modo,

um tanto infeliz, morando

nesse casebre de taipa

e chão batido; mas retiras

de tua pobreza, as lições

para uma vida vindoura

feliz, mediante as provas

porque passas, em teus

dias e noites entristecidos.

Suportas, sob esse telhado

de velhas pingueiras, o teu

carma tão dorido, mesmo

que, em vagos sonhos,

sintas alegria em ver-se

morando numa vivenda

suntuosa; que não condiz,

entretanto, com a pobre

realidade que vivencias,

oposta aos teus desejos

oníricos tão reprimidos.

Se passas agora por duras

provas, antes de reencarnar,

foi desse modo que quis.

Não sintas falta de luxo

e riqueza em tua vida carnal

passageira, porquanto,

em etapas anteriores, não

as soube usufruir

com humildade e caridade;

aprendes, então, a viver

com simplicidade a tua

pobreza, que será, a teu

porvir, tão alvissareira,

à medida que perseveras,

na superação do que outrora

só lhe trouxe infelicidade.

Vivas em tua tosca casa,

retirando da pobre moradia

a tua valiosa riqueza moral;

decerto não vês, mas em teu

recinto doméstico, salutares

energias são derramadas

por anjos celestiais;

que se acumulam em teu

espírito como sentimentos

virtuosos, repercutindo

em teu estágio experimental

de vivência encarnada,

para que avances gradativo,

em teus renovados

intentos conscienciais.

Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 16/05/2014
Reeditado em 22/08/2017
Código do texto: T4809173
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