EM OUTRA ÓRBITA
O nítido fica oculto Na sombra dos dotes Da sua bela miragem, Com o ambíguo vulto Que faz os holofotes No seu personagem.
Pois vive no etéreo Em outra órbita Para não se mostrar, Por outro hemisfério Que no íntimo está Para bem se encontrar.
Para não andar a esmo Com a falsa beleza Do mundo exterior E ficar consigo mesmo Com a pura riqueza Da pérola de amor...