Chaveirinho

Chaveirinho é uma bola de pêlos

Acinzentado e tigrado...

No estacionamento miava em apelos:

"- Não quero ser resgatado!”.

Mas o coração comovido

Pelo espírito felino em seu ser

Insistiu e buscou-o destemido:

"- Vem! Não agüento mais correr!"

Quando o pequenininho peludo

Depois de escalar um muro com destreza

Fitou-o de cima o orelhudo:

"- Você subir aqui é proeza!"

E não é que o garoto insistente

Pela vida do felino salvar...

Estendeu o longo braço calmamente

E de súbito o pode pegar!

E Chaveirinho se debatia:

"- Me solta, não quero ir!"

E o garoto em carinhos dizia:

"-Há muito perigo aqui!"

Levado pra casa o pomposo

Enfiou-se embaixo do armário...

De lá gritava manhoso:

"- Quero voltar ao meu santuário!"

Por dias escondia-se tímido...

Por dias o miado ecoava...

Pela casa toda era ouvido

Chaveirinho que miava!

Passei a segurá-lo por longo tempo

Para em todos nós confiar...

Tornou-se meu passatempo

A bolinha de pêlos consolar!

E nessas com a mão dava-lhe tratos...

Uma miniatura de Tigre parecia...

Entre os outros vinte gatos

Algo de errado nele havia!

O formato da pata chatinha...

O miado era tão diferente...

Um comportamento estranho mantinha...

Caminhava pequeno e imponente!

Chaveirinho acostumou-se logo...

Descobriu então o que era um lar...

Um brinquedo pra ele jogo

Ele se põe a 'caçar'!

Esse gatinho tem algo de estranho...

De tão pequenino Chaveirinho é chamado!

Em meu colo sempre o manho...

"-Deus! Ele é um gato do mato?"

obs:este poema encontra-se em áudio

São Paulo, 29 de outubro de 2008, 21:04

Shimada Coelho A Alma Nua
Enviado por Shimada Coelho A Alma Nua em 30/10/2008
Reeditado em 30/10/2008
Código do texto: T1256467
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