Vianey

Muitas histórias se contam, outras se ouvem falar,

que muitas crianças sofrem, são seqüestradas e morrem,

aqui, em outro lugar! Esta eu ouvi, por isto posso contar!

O Ney criança na creche, a mãe, mulher na noite a vagar,

a êle, o destino cêdo faltou, o pai se entregou a bebida,

a mãe, nas boêmias da vida, consolo falso encontrou,

sofrimentos, traumas, e dôr, foi a Ney que sobrou,

pois, em braços estranhos a mãe, deixou o filho a chorar,

esquecendo o amor, e carinho, que só ela, poderia lhe dar!

Pobrezinho do bebê, não sabia nem falar, muito menos caminhar!

Como livrar-se, da maldade e de alguém, que dele não foi cuidar.

Pobre Ney! No seu pranto, eu também chorei!

Sua lembrança em mim, nunca vai se apagar,

pessôas, querendo dormir, você com fome a chorar...

De frio, dôr, sei lá! O que fêz, as mãos estúpidas de alguém?

Que a um bebê, não foi capaz de entender,

sem piedade, ou clemência, não hesitou em bater!

E na calada da noite, chovendo e frio, la fora,

em poucos panos, embrulhado, numa banheira e deixado,

dentro de uma fossa fedorenta, e sem telhado!

E o choro de uma criança, pela madrugada a fora,

deixou preso em minha garganta, um soluço de autora,

ouço na madrugada, o Ney que ainda chora!

Nada pude fazer, nem a você nem a mim,

Adolescente sem lar, sem dono, que estava como você,

também a morrer de fome, amor, carinho, afeição,

porque, cruzamos na vida, pessôas sem coração,

que esqueceram os sentimentos, pra viver de emoção!

Hoje não sei onde esta, gostaria de saber,

quem sabe esta solteiro, quem sabe um homem casado,

e traz assim como eu, o choro do seu passado!

Marlucia Divina da Silva
Enviado por Marlucia Divina da Silva em 16/02/2010
Reeditado em 08/07/2019
Código do texto: T2089718
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