LAPA

Vi corpos bailando.

Ouvi vozes de ontem,

em coro

de saudade,

de juventude.

Corpos e vozes

iluminados,

prateados

pela estrela boêmia,

pela estrela-menina,

pela estrela pulsante,

viva.

Viva em plena madrugada.

Madrugada malandra,

madrugada insinuante,

rebolando magia,

rebolando sabedoria.

Sabedoria em terno de linho,

chapéu de palha,

gingando a mais linda,

a mais pura

e ingênua

alegria.