AMARELINHO
Arrisco a alma.
Arrisco o corpo.
De peito aberto,
coração cantante,
atravesso a cidade
até ti.
Enfrento ereta
pingos de chuva encantada
até ti.
Não há frio,
não há dor.
Sinto,
só,
o peito quente,
arquejante,
dormente de amor
chegar até ti.
Atravesso o
deserto de Zélia,
só para abraçar
um pouco de ti.
Escorrego meus dedos
sobre sua pele
coberta pela manga madura,
pedaço de ti.
Pedaço de ti,
que ilumino
com meu olhar,
sempre,
somente,
eternamente,
para ti.
Só
para
ti.
(Escrito em 28/09/2007)