AVESSO DO PÃO

Suborno de verso,

reverso do vício

aliado ao fumo,

olhares sem rumo,

padrinhos da fome,

perdidos no homem

na fera-porção.

Fantasia e sorte

matando a morte

no gesto arredio.

Olho à deriva,

mar de promessa,

recria carícias

no aroma do cais.

Balé de navalha

plantado na mente,

condena semente

abraço de irmão.

Neurônios viciados

no pó dos atalhos,

degustam fatias

do avesso do pão.

BARBAQUÁ 15/02/08 três da madruga.

Darci, Carmem, Ciro

Darci Cunha
Enviado por Darci Cunha em 28/09/2009
Código do texto: T1836751
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