Como estavas tão linda, menina Vestida de renda francesa Que refletia na pele de parafina A presença firme da realeza.
Com aparência de moldura diáfana Vi na tua face cor de alabastro Que simulavas ventura e me instigava A descobrir se terias vindo de algum astro.
Essa era uma festa de debutante A alta corte, menestrel, poetas estavam ali Chegaste só e, num breve instante Dominaste os olhares e puseste a sorrir.
Pelo piscar dos teus olhos, menina, pude ver Que o inusitado logo aconteceria Não eras desse plano, não podia ser Tanta graça e luz que do teu olhar fluía.
Celeste imagem percorreu o salão, olhar profundo Terias vindo das galáxias de outros céus Com essas vestes vaporosas, pensamento fecundo? Não. Surgiste no poema, emoldurando os versos meus. Mena Azevedo
Mena
Enviado por Mena em 02/05/2016
Reeditado em 02/05/2016
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