TRÊS PRÓLOGOS E UM EPÍLOGO

PRÓLOGO 1

Sentei-me!

Senti-me cansado…

Soltei um bocejo

Conformado

Aproveitei

O ensejo

E mandei

O estupor

Do calor

P’ra tal lado… (Censurado!)

Fico a imaginar

Que os dias de Verão

Deverão

Esfriar

Nalgumas das praias

Que p’ra aí há! …

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PRÓLOGO 2

Sentei-me à mesa!

Senti o estômago com pressa

Qual ave rapace

Captando sagaz

Os sabores

da presa…

Agora,

Tentado pelos odores

Do “Coelho à caçadora”,

Levanto a tampa do tacho…

Que graça que te acho!

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PRÓLOGO 3

Sentei-me

Cansado de esperar de pé,

Apelei

À minha boa fé

E clamei

Paz para a Terra,

Mas apenas vejo guerra

A toda a hora…

Orei...

Mas o rei

- Disto e daquilo –

Apenas chora

Lágrimas de crocodilo.

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EPÍLOGO

Gosto de viajar pelas palavras

Criando algo que sempre esteve aqui…

Serão frutos da minha lavra

Que também pertencem a ti.

As palavras são sentimentos

Quando revestidas de verdade…

Façamos delas o alimento

Para a Eterna Felicidade!

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Há uns 25 anos li um conto do escritor John de Passos, com o título “Três prólogos e um epílogo” e interiorizei que um dia também escreveria algo, embora muito diferente daquele.

Eis um poema bem original, que na verdade são quatro poemas…

O pretexto/mote é a palavra SENTEI-ME.

Diverti-me a escrevê-lo neste dia 3 de Agosto de 2007 e como estive meio ausente várias semanas é um prémio para a simpatia daqueles que me lêem e me comentam e incentivam.

Oxalá seja do vosso agrado!

Um abraçooo luso!

03.08.2007, Abílio Henriques

HENRICABILIO
Enviado por HENRICABILIO em 03/08/2007
Reeditado em 30/07/2009
Código do texto: T591206
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