Máscaras da vida!

Máscaras da vida!

Arneyde T. Marcheschi

Rostos escondidos

casas sem janelas

portas com gradil

pessoas se escondem

atrás de máscaras,

com medo de enfrentar

as verdades, os seus

fantasmagóricos medo

de mostrar seu interior.

Mostram a fachada

maquida, linda,

atrai falsos amantes

que não sabem ler nas

entrelinhas dessa vida

sofrida, surrada.

O pedido de socorro

que vem do coração

em sufoco.

Onde todos percorrem

um falso caminho,

um caminho sem voltas.

Nas portas sem fechaduras

segredos são mal guardados

expostos aos maledicentes

línguas ferinas

sem consciência,

apontam impiedosamente,

nos lábios sorrisos sempre

zombeteiros.

No coração o escárnio.

Tentam esconder o medo

o caos, a desordem

que impera em suas vidas.

Olhado com descrédito

resta-lhe a mortalha

em vida.

Criou para si uma falsa

fachada,

no banco não tem dinheiro

nos bolsos,nem um tostão.

Mas nas festas faz questão

de comparecer,com jóias

falsas,como são seus dias,

escuros, sem alegrias.

Uma notinha no jornal

alegra-lhe o condoido

coração,

que por vaidade jaz morto

esquecido, escondido

atrás do bronze frio que

hoje esconde seu feio

rosto,enrugado, carcomido,

ontem, tão lindo, liso,

viçoso e colorido.

Vive sem eira nem beira,

preocupado se em seu velório

chegarão coroas de flores,

se a sociedade sentirá sua

falta,esse é seu temor.

Ignora o pobre coitado,

que a alma encarcerada

já foi sepultada e jaz

chafurdando na lama

de seus pecados

de suas vicissitudes,

triste solitária,clamando

aos seus antigos amores,

uma prece,uma oração

para que possa

sem máscaras,

descansar em paz.

E encontrar a saída

do labirinto onde entrou,

para que uma réstia de luz

e esperanças, o traga de volta

ao caminho de onde ele um dia

por vaidade se desgarrou...

e sozinho se aprisionou.

Vitória.E.Santo 29/07/2007

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