Infernos passados

E o demônio sorri com ironia

Em minha mente triste e hostil

Seu amor me entorpece e contagia

Com as pragas do ser vil.

E eu destruo meu amor com as chamas

Que meu ódio cria com fúria

Minha alma se afoga na lama

Dos cadáveres em eterna murmúria

E a liberdade se encontra no inferno

Onde bebo da fonte da poesia

O caos me é externo e interno

E me destroça com sutil agonia

Minha alma se alegra com a tristeza

De sentir o amargo do mel

Hoje vejo a feiura da beleza

De quem fez da tragédia o próprio céu.

Gabriel C. Machado

20/05/2019

Gabriel Cordeiro Machado
Enviado por Gabriel Cordeiro Machado em 06/04/2020
Código do texto: T6908862
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