AMANDE-SER
Quando tua alma chorou
Cicatrizastes para si a prisão de vidro
E passou a viver cá, como reflexo esquecido
Qui-mera imagem na lamina de hidro.
No amandecer moldoriano
Mar de águas tranqüilas, adormece,
Enquanto dormes,sabes tu que tuas asas crescem?
Tua fina casca se rompe em pedaços arrefece.
Que a marca da lótus te conserve
Nelumbo oculto na areia derretida!
Que teu mundo escape pelas frestas
Da imagem trincada quase partida!
Morgan Luther