Doce Visitante

Acorrentada na solitária fortaleza

Podada na liberdade de ver beleza

Vivendo o amargo fel do tédio

Sinto-me impotente e só

Nos momentos em que sono

Não doa suas graças

A triste alma permanece deitada

Junto ao corpo debilitado

O quarto escuro é iluminado

Pelo fraco sol da manhã

Que burla a escuridão e o frio

Adentrando pela fresta da janela

Por algumas horas

Apenas o sol é companhia

Não basta por muito tempo

Logo se torna parte do ambiente

Perdida nos pensamentos em vão

Mente vazia implora por emoção

A cama que um dia foi quente ninho

Tornou-se pedra fria

Nesse instante de desespero

Linda borboleta invade o quarto

Brindando com beleza a tristeza

Bailando docemente a encantar

No balé mágico e colorido

Esqueço a dor e posso voar

Vejo-se junto ao pequeno inseto

Flutuando pelo ar

Sua cor lilás viva

Recebendo os raios solares

Banha de alegria minha vida

Dá-me força para continuar

A bela borboleta se despede

Com lindas piruetas

Deixando meu corpo leve

Pronto para sonhar...

- Amanhã também eu poderei voar -

Alíria Branca
Enviado por Alíria Branca em 20/07/2007
Código do texto: T572404