EM BUSCA DO SONHO PERDIDO.

 

 

 

Reciclando um e-mail.

 

 

 

O título aposto no quadrinho “assunto ou preâmbulo” bem que serviria para o titulo de um poema, quem sabe, seria talvez a última elegia composta para ressuscitar os amores que se foram ou habitaram o passado.

Entretanto, eu não estou me propondo a compor um poema qualquer, mas sim enviar um grito, mesmo correndo o risco de que ele venha se evolar e ser perder no infinito.

É claro que sempre me lembrarei daqueles sorrisos, aqueles que sempre me inspiraram aos primeiros e dolorosos versos.

É verdade, eu os escrevi com muito padecimento, humildade e rara elegância, talvez um séquito deles, sempre inspirados por um sorriso que uma vez me quis.

 Falo daquele sorriso que sempre deu graça, dança e suavidade, e que fizeram bailar graciosamente as letras dos poemas que outrora compus.

Sabidamente, hoje eu estou demasiadamente inclinado a compor o melhor dos poemas.

Para que assim, possas abrir novamente as portas do teu coração, a fim de que eu possa nele entrar com os doces e teimosos versos com toda a razão.

Voltar a te conhecer melhor e me relacionar novamente é, sem sombra de dúvidas, a minha grande vontade ou sina.

Pois a simpatia que foi sempre demonstrada por ti no passado, hoje eu confesso, ainda perdura de forma desmesuradamente cativante, irradiante e misteriosamente carismática.

Por isso, eu acredito que tenhamos de voltar aos nossos contatos, depor as armas da indiferença e pactuar um armistício.

Pois o silêncio nos delega apenas questionamentos vagos e fugidias dores.

Conhecer-se melhor é como desbravar a personalidade do outro e, nesse novo desbravamento de almas, sempre se acha um caminho para ficar, por uma estação ou por uma definitiva razão.

Acredito que em nós existe alguma razão, mesmo que ela esteja sendo inconsciente.

Entretanto deve-se deixar que tudo ali aconteça magistralmente, porque é no inconsciente que está estabelecido em fervuras emocionais o mundo dos sonhos.

De lá, desse escaninho interior e mais do que secreto, é que garimpamos os sonhos, para trazê-los e fazê-los emergir e brilhar na realidade do aqui e agora.

Desculpe essa exposição um tanto psicanalítica e filosófica, mas a verdade é que, eu pretendo de novo te conhecer um pouco mais, a fim de afastar de uma vez por todas, as cruéis dúvidas.
Um beijo e um abraço do poeta.

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 26/05/2008
Código do texto: T1006342