Caída por você

Será amor? Não sei dizer...

Acordei estupefata, busquei um apoio, não encontrei. Então, já levantada, andei e tropecei. Sinto que minha mão buscou a de alguém, eu estava apavorada! E no chão, calada, chorei por você e mais ninguém. Engatinhei feito um bebê, eu não tinha caminho nem direção a seguir. Me bati pois não enxeguei, eu caí em um vazio que não estava aqui.

(Suspiro...)

Estive cega podendo ver, e quando finalmente meu coração bateu, meu pulmão parou. Parece uma sina que tenho por não estar contigo: seguir, feliz, na direção do perigo.

Eu não estou em prantos, mas queria acordar. Sinto que é um pesadelo poder e querer te amar.

Então, já acabada e tendo desistido, sinto subir no ar. Abro os olhos e já posso ver! Carregando-me, tirando-me do chão, está você. Eu estou nos seus braços, sinto seu calor, é um choque que gosto de ter: você me leva pro mundo, mostra-me o que eu já sei, e me deixa conhecer coisas com que nunca pensei. E a sua boca, o seu beijo...

Sou um estorvo, eu sei. Mas eu já apostei, e o pior é que não sei se ganhei. Só não me peça o que eu já te dei, pois se for pra me perder que seja só por uma vez.

Nem mais um abraço... Nem mais um sorriso...

Me deixe sem amor, sem você, sem carinho.

Não derreta meu gelo, quero meu coração frio...

Não me dê sua mão para que eu não dê mais nem um pio.

Emanuele Valente
Enviado por Emanuele Valente em 21/06/2008
Código do texto: T1044906
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.