Definição do que sou
Sou o menino acanhado
no canto sala,
encolhido e escondido
no próprio abraço,
sou tristeza, sou riso e espanto,
sou lâmina afiada feita de aço,
sou punhal de três lados
empunhado na mão
do soldado em combate.
Sou larva de bicho,
sou bicho já feito voando nos prados,
sou cão perdigueiro à procura de caça,
sou remédio de cuia do pajé guarani,
sou o brasileiro que leva a vida na raça,
de peito aberto,
de corpo encoberto
no manto do ser e não ser.
Sou a águia voraz no céu aplainada
mirando a lebre distraída no mato,
sou água cantando
nos recantos da selva,
sou orvalho que a noite
abandou sobre a relva,
sobre a pétala e sobre flor.
Sou corisco veloz riscando o espaço,
sou emoção explodida arrebentando o peito,
em forma de amor, de paixão e saudade,
sou a meiguice do panda,
sou a braveza da tempestade.
Sou lenda,
sou fogo,
sou lenha,
sou brasa,
sou zinza,
sou tição fumegando,
sou faísca pipocando
sobre a fogueira de junho.
Sou a força do punho,
a fraqueza da mão,
sou o olhar da menina,
sou o suspiro que o coração,
ébrio de amor soluça calado.
Sou menino acuado no canto da sala,
sou o perfume que o lírio resvala,
sou o sol que aquece
a vida na Terra,
sou o castigo pesado
sobre aquele que erra,
sou nada, sou tudo,
sou apenas " uma rapaz latino americano
sem dinheiro no bolso,
sem amigos importantes, vindo do interior".
Sou verso e poesia
sou amigo da noite,
companheiro do dia,
sou o chicote em açoite
lambando a solidão,
sou o escravo sem roupa,
preso no tronco
algemado pelas garras
de ferro de uma paixão.
Sou estrela, sou céu,
sou luz e sou chuva,
sou o medo moendo
o inocente na cadeira de réu,
sou dedo escondido na luva,
temendo o fechar da porta,
que ao bater machuca,
fere, entorta,
que ao bater limita,
que ao bater encerra a caminhada
e encerra também a visão da estrada.
Sou o amor que manifesta em silêncio,
sou o silêncio na forma de paz,
sou o grito fugido do peito,
sou o barco que ao longe veleja,
sou a consequência da vida
sou aquilo que você quiser que eu seja!
Sou o menino acanhado
no canto sala,
encolhido e escondido
no próprio abraço,
sou tristeza, sou riso e espanto,
sou lâmina afiada feita de aço,
sou punhal de três lados
empunhado na mão
do soldado em combate.
Sou larva de bicho,
sou bicho já feito voando nos prados,
sou cão perdigueiro à procura de caça,
sou remédio de cuia do pajé guarani,
sou o brasileiro que leva a vida na raça,
de peito aberto,
de corpo encoberto
no manto do ser e não ser.
Sou a águia voraz no céu aplainada
mirando a lebre distraída no mato,
sou água cantando
nos recantos da selva,
sou orvalho que a noite
abandou sobre a relva,
sobre a pétala e sobre flor.
Sou corisco veloz riscando o espaço,
sou emoção explodida arrebentando o peito,
em forma de amor, de paixão e saudade,
sou a meiguice do panda,
sou a braveza da tempestade.
Sou lenda,
sou fogo,
sou lenha,
sou brasa,
sou zinza,
sou tição fumegando,
sou faísca pipocando
sobre a fogueira de junho.
Sou a força do punho,
a fraqueza da mão,
sou o olhar da menina,
sou o suspiro que o coração,
ébrio de amor soluça calado.
Sou menino acuado no canto da sala,
sou o perfume que o lírio resvala,
sou o sol que aquece
a vida na Terra,
sou o castigo pesado
sobre aquele que erra,
sou nada, sou tudo,
sou apenas " uma rapaz latino americano
sem dinheiro no bolso,
sem amigos importantes, vindo do interior".
Sou verso e poesia
sou amigo da noite,
companheiro do dia,
sou o chicote em açoite
lambando a solidão,
sou o escravo sem roupa,
preso no tronco
algemado pelas garras
de ferro de uma paixão.
Sou estrela, sou céu,
sou luz e sou chuva,
sou o medo moendo
o inocente na cadeira de réu,
sou dedo escondido na luva,
temendo o fechar da porta,
que ao bater machuca,
fere, entorta,
que ao bater limita,
que ao bater encerra a caminhada
e encerra também a visão da estrada.
Sou o amor que manifesta em silêncio,
sou o silêncio na forma de paz,
sou o grito fugido do peito,
sou o barco que ao longe veleja,
sou a consequência da vida
sou aquilo que você quiser que eu seja!