A Estrada da Vida

A estrada está logo ali à frente, mas os passos dele estão lentos, ele não consegue chegar facilmente ao caminho. Mesmo que chegue, não se sintirá seguro quando estiver sozinho, no escuro da noite. Ele sentirá frio, medo, solidão, chorará muito, pensará em todos que ficaram para trás.

A estrada está logo ali à frente, ela o chama, o convida, exerce um fascínio sobre ele, mostra-lhe todas as direções. É uma única estrada e há várias entradas, curvas, setas, muita sinalização. Ele precisa chegar até ela, precisa tentar, se aventurar, andar, correr, dormir ao relento, sentir o frio, o calor, sentir até quanto é forte ou quanto é frágil, ah, visualizar as flores do campo, as flores da estrada, o matagal, os carros passando, as buzinas em ação, os pássaros voando, cantando, fazendo ninhos...

A estrada surge à sua frente, mas o homem recua. Será medo? Será covardia? Será agonia? Nostalgia? O que sente aquele homem diante da estrada, a estrada da vida?? Por que não caminha por ela? Vai ficar parado, estagnado, à beira da estrada da vida?

Muitas vezes ficamos assim, mas é preciso acordar, ficar atento, abrir os olhos para a vida que passa ao longo de uma estrada às vezes tão comprida, às vezes tão curta...

Gláucia Ribeiro (23/12/2008)

Glaucia R Lira
Enviado por Glaucia R Lira em 23/12/2008
Reeditado em 23/12/2008
Código do texto: T1349320
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