PERDOAR SIM, ESQUECER JAMAIS!
 
 
As lembranças nos levam a uma viagem ao passado, mas somente o sonho nos faz seguir em frente.

Lembro-me sempre de ti e do nosso amor, e isso me traz uma saudade que chega a desesperar a minha pobre alma.


Eu que tinha dúvidas a respeito do amor que nutria por ti, agora, sinto que ele me destrói e se avoluma cada vez mais dentro de mim.


Eu sei que tu nem imaginas como é isso, porque nem eu estou entendendo mais esse sentimento que, às vezes é lindo, mas muitas das vezes é torturante, pois ele cisma em me machucar com as dores das saudades.


Tu ficaste gravada em mim como uma figura rupestre, é bem provável que eu tenha sido marcado com o fogo do amor, esse sentimento que arde e não consome, pois eu acho que nem o tempo em sua eternidade no existir poderá um dia apagar a tua lembrança.


Chego a pensar que isso é uma fraqueza minha, mas ao mesmo tempo, eu me pergunto, como pode uma fraqueza dominar os sentimentos de um ser de forma total e pétrea?

Na verdade, eu também penso que o amor nos fragiliza.


Aquela árvore não me sai da lembrança, ela continua imponente, uma sentinela avançada no portal que dá entrada para as montanhas que me levavam para a tua casa, por isso nós a elegemos como o símbolo do nosso amor. Nós a elegemos como o nosso Totem Sagrado do amor.


Quando passávamos por ali, tu fazias referências amorosas sobre a “nossa árvore”, e foi ali em sua sombra e pelas redondezas que eu colhi pela primeira vez flores silvestres para ti.


Se tu foste capaz de esquecer tudo o que passou por nós, me perdoa minha querida, então eu amei e ainda estou amando uma ficção, mas eu não acredito que o amor seja utópico, pois o vivemos em tempo real com todas as nuances do benquerer, mergulhados na realidade do amor.


Ainda penso sobre o que tu terias de tão especial, para que eu ficasse assim tão impactado; por isso eu penso que existe ou existiu algo de muito especial que nem tu mesma tinhas conhecimento dessa capacidade de atração.


Mas o fato é que, sempre é muito gostoso o exercício de lembrar o nosso envolvimento, embora, esse exercício nostálgico traga sempre em seu bojo um vazio e uma dor tirana.

 
 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 17/02/2009
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