A VACA BREGA QUE USA TIGRE

Uma menina quase que corcunda,as vezes gorducha,mas nunca envolta,

seu nome é incerto se diz uma surda.

Conxita severa castiga a menina,comprando sonatas ao preço da morte.

Punhal de cristal corta-lhe a garganta,sangando pedaços suplíca rebanho

A menina ás vezes se fazia de morta;quando a mãe vinha se chamar,a mãe acostumada aguava-lhe em sovas.

Certo dia a menina chegou assanhada como nuncana aula de públicos;

A lhe perguntou o motivo,amenina desconversou a pergunta com o acaso da procura.

--- O que procura?

__ Eu não procuro eu acho!

Disfarçando as artimanhas da ninfeta a mãe procurou seu silêncio;

E nele encontrou tais palavras:

--- Que tigre usa a vaca brega.

Disse ela surropiando pensares da filha.

No outro dia fora a mãe como sempre acordar,a filha,a mesma parecia estar viva,dando-lhe a impressão do eterno.

__ O trauma de não socorrer a filha a tempo.

Sussurrava o pai em discurso,sobre o assunto permaneceram até que o silêncio os tomou por nódoa.

__ O que estás a pensar?

__ Penso que devemos mata-la

__ Faça o que bem entender, ela em pouco me importa.

Sonâmbula suprimiu o seu desejo; fora algemada e presa bebendo o ralo sangue da filha, que privara-lhe a vida.

Após a denuncia o marido se foi pelo mundo,sem pouco se importar,consigo.

A menina acordou,algemada por porcos, por sorte encontrou um pouco de termo;para as vagas corcundas que carregava consigo,a caminho de vermes que lhe comiam cada gota de gordura,e envolta de infinita incerteza,circuncizava uma pluma.

__ Parem, parem com isto!

__ Mamãe vai matar vocês se me machucarem.

__ Matarão esta morta de mãe?

__ Eu não quis, eu não quis acorda-lo,mas ele não acordava.

__ O pai mandou um pouco importa , mas não quis ser infortunado com o silêncio.

__ Silêncio,silêncio,dizia a vaca;

Um brega que usa tigre nas unhas de rato.

__ A amarrem a boca dele. . .

__ Que fizeste meu pai; “cortará minha garganta” dizia ela em voz de ventrículo._

__ Não minha querida, não se acalme.

__ Rápido peguem o remédio!

__Qual senhora?

__ O leão !

__ Olhe para o céu querida as estrelas estão caindo.

Olhavam para traz ,fingiam entende-la mas queriam não te-la.

Ao longe. . .

Lá estava a família ,imóvel diante palavras e enterros.

Eram eles ,a menina,vestida de tigre,a mãe uma vaca brega que usa bengala.

Os dois nunca são um só,quando o quase é um só,e por acaso, eu repito por obséquio um só. Que se chama ego. Que por significação busca o “eu” da Conxita;personagem complexa,cheia de obtusos conceitos se mostrando um pouco alerba:

Eu me agrupo , por partes

Eu me recuo no verso

A quem, ninguém assina

Eu pescrevo mentiras

De mundos opostos

Eu sou o melhor

Talvez o pior

Na rima errada

Eu sou o pior no peso do ombro

*

De pensamentos inóspitos

Eu sou um ninguém

Ninguém tem meu nome

Meu nome é mentira

Sarcófagos de egos num’alma em siêncio

Gritaram tormentos , mementos de sorte

Silêncio Maria, teu nome é Francisca

Cuidado contendas, que o ódio e´meu nome

Sôfrego de dor, no corte a sangrar

Cabalas de um pesadelo que eu aprecio na arte

Quem compõe sou eu, eu vivencio seus medos

E os liberto na arte para voarem sem rumo

O rumo sou eu; em sonhos indigestos resmungo com a morte

Quem fala agora é o perdão, quem quiser que se ajoelhe

Que a mão já foi quebrada, pobre dor a do amor

Que adoro cutucar com partículas de horror

Silêncio,silêncio que o chefe chegou, quer apreciar seus dotes

Dominaram minha arte

Oh ! cruel inflamação

Exclamaram o terror de uma noite sem sono

Quero o sonho para mim, sou ilusão em pessoa

Quem se atreve me acorde

Eu concordo com ela eu adoro sonhar

Que morri por sonhar

Sonolenta eu acordo a paciência acabou

E olha que eu gosto de um pouco de dor

Os horrores me olham com, com carinhas de anjos

Esquartejados com gosto

Desculpe as palavras, foi só brincadeira

As crianças não choram

Não foi de bom gosto, trazer todo mundo

Más você conheceu melhor parte da família

Os outros estão cansados, dormindo no escuro, de portas abertas

Alguns já se despedem , por falta de espaço

Quem fala é a arte , na sua loucura

Eu detesto a verdade, que se impõe ao limite

De mentiras adestradas que o mundo inventa

No iluminismo do mamífero racional

Banalmente caminho á perseguir os coitados

Deitados no chão de um mundo caído

A menina se levantou

Apaguem a luz, a hora chegou

Meu peito afundou, num chiqueiro de vermes

Desculpe a bagunça

É que nós não costumamos invadir diretamente

O trabalho da aedo que na exceção nos chamou

Indiretamente sempre estamos lá agastando palavras

*

No segredo de metáforas

Machucou-se a pintura e agora o que faço

Com o resto do pobre coitado que sou

Ignoram o externo pois sabem de sua falsidade

Nas amargas doçuras

A ideologia não anda ela corre no vento

Eu mereço a dor que eu faço por medo

A fantazia é distante a ilusão não entende que só sou indigente

O incesto foi meu,elementos no casto

A roupagem é falsa, falsificaram meu nome

No silêncio da mente

O mendigo sorriu, e os dentes não vi

Meu castelo é de areia más meus pés são de vento

A fome abateu a miséria do tudo

Repetições . . .repetições

Lá vem ele

Mentiras,eu...a arte...o falso

Verdade, o medo...a desculpa!

Fiquem calados, nos escutaram

Eu ...eu nada disse

Quem disse que eu disse;eu nada disse...

Silêncio

Saturnos

Imaturos ou não

Narizes do alto ouviram teu cheiro

Merda caí no rebento

Me larga ,me larga; eu quero falar

A educação está no mundo

E o mundo não está em você

Cobraram o preço acertado na entrada

Não quero invasores que não se agastaram

A doída está vindo

Pra onde tu vais senhora discreta

Queres um preço papa nada falar

Sai da frente senhores a nada providos

De falas burlescas, carecas sem causa

Os velhos não xingam, ninguém que se meta

*

A chamar minhas víceras

A tocar minha alma

Tocaram em mim, e agora o que faço

Destroçaram meu rastro

O trauma é pequeno, pequenas mentiras

Parem com isto,repita não mais que és de mentira

Cuidado

O cuidado é escasso

Classicamente eu não cruzo as palavras do sábio

O sabor não existe e eu como mentira

Com sabor de tomates, verdes ou fritos prefiro nenhum

Faltou travessões: parágrafos..interrogações

Mas diu pra falar ém me de tendências

Que no tempo se embromam ...

Errei...e agora...

Esquartejado me ponho

Aos pés do tempo esperando respostas

Pois sei que não há, vestígios no túmulo da carne

Que sangrando respinga o veneno da alma

Caiu em você um pedaço de ego

Espere que eu limpo

O silêncio de tuas víceras

Não espere vontade

Que o mundo é desfeito em pequenas facadas

Politicamente não quero que ouças a voz de meus egos

Ouça a tua...

Te darei o silêncio que por mim foi roubado

A você que cansado espera um fim

Paciência me sussurra o tempo, por algo que não tenho

No grito de loucos sem causa

A causa é tudo

Por isso lhe pesso silêncio

Grite por egos sem nome, que a resposta virá a calhar

A um mundo que pede ajuda

Venha logo Maria

Que o vento me disse apressado

Que o preço está estragado

Me espere

Tudo bem ; acima...o tudo é o rogado

Rompeu-se a palavra

E agora o que eu faço; se nada sei...pensei...

Ré...voltada do mundo de sempre,postrada a limpo, de quatro a remela a

cubrir-lhe a aurora.A mãe detivera-se um momento á frente da mesma,em meio ao corvíl de um ospício;lhe puxou pelo braço,em seqüência de um cocho interno.

Limpou sua cria ajeitou-se num banco ao lado da cerejeira. Desculpou-se incomodamente pela demora em visatá-lo,assim como descupou-se pelo pai e pela irmã.

Assimetria temporal, repetia ela coberta de seiva e resmungos da mãe .Após alguns minutos quânticos a mãe à abandonará em sua co-variância.

Conxita que era tão canônica ao acaso,se viu na gravidade temporal;suspeita por todos planejou um suspiro. Jogaria-se da inteligível busca do indeterminado; Arrumou uma corda, sinuosa em gomos,escondeu-a junto aos sacos. Na calada da noite dirigiu-se ao banheiro acompanhada por Maria, que em chamas de ódio mudou de assunto.

Cometendo apenas a dor do perdão, pendurou a corda junto a trave do teto, a uma sinuosa altura da privada. Dominada pelo sonho alavancou-se a uma escada,acorrentou cestrosamente sua garganta; empurrou a coitada da escada,e em silêncio viu saturnos,em larga escala,darem a doida versão da verdade.

Ao tempo que em causa e´tudo; a que todos podem distinguir como uma doida derrotada,abandonada em um hospício á horrores; e a pena humana da família; que apressados fingiam entender um suicídio, sobre a privada de um rompimento de víceras,engajadaa gravidade quântica de um universo congelado, no nada da realidade, Fisicamente Maravilhosa.

PANDORA AEDO
Enviado por PANDORA AEDO em 26/04/2006
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