POUCO TENHO E MUITO DEVO

* * *

Não sei o que devo e a quem o devo.

Tu aí que me lês, ou que me ouves:

Jamais poderei dizer que não te conheço

e que nada do que é meu tem a tua assinatura.

A minha jornada é um oceano de coincidências...

Encontros e desencontros são as teias que o destino vai tecendo.

A todo o momento piso – pisamos todos! - terreno instável

e o solo pode ceder mesmo de quem julga a salvo.

Somente os bons actos fortalecem a caminhada

mesmo que transpirem dali alguns efeitos contraditórios.

Hoje tive sede - e a água apareceu no momento exato!

Hoje senti-me abatido - e algo me animou para o resto do dia!...

Devo estar grato mesmo às coisas que (a)parecem fáceis.

Devo agradecer nem sei o quanto, nem sei a quem!...

Existe um fio condutor e eu preciso agradecer

às minhas mágoas e às minhas alegrias,

pois surgem como um todo para uma lição deVida.

Quero agradecer à Terra por me oferecer comida e refúgio;

Ao sol que me fornecer luz e calor;

Ao oceano por ser o berço da Vida;

À noite por me permitir contemplar as estrelas

e levar a perceber o quanto sou pequeno...

Toda a minha Vida tem sido turbulenta

e tempo demais me permiti ir olhando sem ver.

E eu - que sou a soma de várias equações improváveis -

quero desde já agradecer em tempo oportuno.

Nem sempre poderei ter esta disponibilidade física e mental!...

04.05.2009, ValTer Ego

HENRICABILIO
Enviado por HENRICABILIO em 30/05/2009
Reeditado em 31/08/2009
Código do texto: T1623486
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