Inferno
"Hoje sinto um medo estranho
Medo da morte!
Agora que a solidão me é fato
Percebo que até preciso dela
Para me refazer, me re-erguer
Até em outro alguém poder me re-encontrar, ou em mim mesmo!
Este receio e pesadêlo....SOLIDÃO
Sempre me perseguiu
Agora que me é a única companheira fiél
Às vezes vejo que chego a gostar dela, outras queria assassiná-la
Mas posso vencê-la, sim eu posso
Ao passo que o fim dos dias se aproxima gradativamente
Fruto dos erros, atos impensados
Sinto-me atado, como jamais estive
Já não peço meu amor de volta
Peço coragem para vencer o tal medo
Minhas pernas doem, parecem cansadas de caminhar
Sem se quer chegar a metade do caminho
Percebo neste frio noturno a distância das estrelas
E a proximidade do fim
Não sei porquê me sinto assim...
Pode ser o desgaste ou uma fase ruim para mim
Não sei ao certo
Penso que preciso sair o quanto antes
Desse meu passageiro (espero),
E impiedoso inferno"