D E S T E R R O

Em meu desterro, voluntário

Encerrei minha vida,

Por não confiar no amor!

Tentando curar as feridas,

Fui meu próprio juiz,

Um juiz severo, com pretexto,

De evitar erros e sofrimentos futuros,

Anulei minha luz natural

Contrario a lei da natureza,

Considerando-me incapaz de amar e sonhar.

Permaneci parado no tempo

Fraco, sem coragem de viver,

Prisioneiro de minhas ilusões

Das lembranças e da saudade.

Quis decidir, escolher o caminho a seguir,

Mudar o destino

Na certeza de não sofrer.

Recordo você e o medo que sentia

Percebo o grande erro que cometi,

Tornei-me um boneco, sem sentimentos

Passando pela vida, apenas

Obedecendo as regras estabelecidas.

Inseguro, com medo das próprias reações

Triste, sem encarar a realidade,

Perdido em mundo de sonhos e solidão.

Machucando-me, desafiando os mistérios da vida

Coração oprimido nas dores do passado,

Um fantasma, sofrido e solitário

Cansado á vagar em busca

Da pessoa amada e não a encontrar...

Anos de angustias, preso

Em lamentações, revolta e dores.

Nada adiantou fugir da paixão

Dos desejos que me atormentavam...

É preciso deixar de sofrer, buscar a felicidade,

Olhar no fundo do coração

Procurar minhas próprias verdades,

E elas ficaram em você

Meu amor, minha vida, minha felicidade.

Tenho ímpidos de correr ao seu encontro

Tomá-la em meus braços, beija-la docemente,

Olhar além dos preconceitos e libertar-me

Das prisões que sufocam minha alma.

Queria poder fitar seus olhos

Sentir todo seu encantamento

E na força de todo seu ser,

Como um milagre, em seu amor

Novamente , para a vida, renascer.

Elio Moreira
Enviado por Elio Moreira em 17/07/2009
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