QUANTOS CAMINHOS!
 
Versos aos ventos.
 
 
Amor meu, não vejo a hora dos meus olhos chegarem até aos teus lindos olhos.
Minha linda, eu sofro por não saber ainda quantos caminhos teremos que trilhar, até chegarmos ao primeiro beijo.
Vivo mergulhado numa solidão errante, sem a tua graciosa e encantada companhia.
E assim, os meus anseios seguem sozinhos com os ventos, açoitando as minhas lembranças e as minhas saudades de ti.
Aqui neste ermo aonde me encontro, ainda não amanheceu a florida primavera.
Mesmo assim, eu me conformo, porque amor meu, nós, eu e tu estamos sempre juntos.
Juntos nas lembranças, nas saudades, desde as nossas roupas até as raízes do nosso benquerer.
Juntos nós estaremos na primavera de água, de flores e de corpos que logo hão de vir.
Minha linda, até que possamos nos confundir, eu e tu.
Que coisa linda!
Pensar minha querida, que custaram tantas nuvens que levaram os ventos.
Que desembocou nesse céu lindo que fiz para ti!
Para agora, repararmos que estamos separados por nuvens e ventos.
Eu e tu minha querida, trilhamos o caminho do amor e do benquerer.
No entanto, sem nos confundir, sendo apenas um homem e uma linda mulher.
Por isso, quando chegar setembro, eu te ofertarei cravos e rosas, em nome desse amor.
 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 14/08/2009
Reeditado em 14/08/2009
Código do texto: T1753313