Insaciável
Corpo indômito; indomável corpo!
Energia que incandesce e alumia a minha alma.
O ardente prazer se torna muito parco e medíocre
Quando ele é substituído por um intenso e sublime amor.
Amor singular, que não se encontra por aí
Em bate-papos virtuais ou relacionamentos sofríveis ou frustrantes.
Falo sim... de um amor vivo e vivificador.
Um amor! Aliás, o amor personificado
Na beleza, no sorriso e no carisma desinteressado.
No amor sublime que faz alvorecer meu coração
E me inebria do mais sóbrio cálice de vinho puro e doce.
Teu olhar é um farol cintilante que me orienta, quando mais perdido estou...
Ora, amada... farto estou de um passado bem passado,
Ruído e acabado
Que mal toma forma de um esquecimento esquecível.
Quero renovar meus sonhos e reaver as esperanças de outrora perdida.
Anseio viver rumores (Rumores!? Não! Certezas!!!)
De um amor condigno e insaciável.
Amor que traz a luz o desejo recíproco de ambos
Sonharem os sonhos de cada um mutuamente e simultaneamente,
Sem anular, em momento algum, a própria individualidade.
Teu corpo é muito pouco àquilo que você é, em essência.
Muito mais linda que as curvas e sua silhueta
É o seu coração tórrido, rubicundo e suave...
Seu coração é tão lindo e ímpar que, por si mesmo, se torna raro.
Diamante rubicundo, tal qual o brilho intenso do meu coração!
Joia lapidada, com fulgor duradouro e cristalino;
Incomparável alegria sempiterna,
Mesmo em momentos de cansaço e esgotamento.
Esperança firme, longe das paixões fugidias e tresloucadas
Que nada levam, a não ser a possessividade burra e truculenta que lhes pertencem.
Meu coração nada mais leva
A não ser as lembranças vivas destes momentos ímpares...
Dos minutos carregados de eternidade continua,
Das manhãs bem presentes
E dos futuros bem cotidianos,
Daqueles que se sonham, se achegam
E que desejam se repetir continuamente.
Longe de um coração carente,
Aqui se expressa nesta prosa poética
O coração de um terno poeta
Que apenas se dedicar a externar
A alma viva e o sentimento sublime e perene.
Enfim, o anseio de que este momento não se resume a um momento,
Mas no reproduzir de momentos contínuos que se confundam com o infindável infinito...