Tom <end> Jerry em: quando eu quis dizer adeus

Em uma madrugada de olhos cansados, de lombos imolados e corações partidos,a descer o suor do sacrifício e a dilatar-se a tua anamnese - oh, despautério! ...

Você me desvela o seu amor, e fico a matutar, lembrando-me das lutas que travaste comigo em nome deste.

O predicativo 'amado' virou pretérito.

Entronaste teus ciúmes, e eles ensimesmaram-se.

Apartaste-te de mim.

Então, afinal, o que é o amor? Será os dedos do teu orgulho, presos na garganta da minha paz? Ou será mesmo as tuas honras pedindo guarda?

E,quando olho nos teus olhos (a resposta), vejo um homem de armadura, espada em punho, a cavalgar em um troiano branco. Eu o vejo tirar o capacete, e pôr-se diante de mim de olhos vendados. E quando o pergunto o que houve com seus olhos, ele - vertiginoso - me explica: meu cérebro não atende à visão.

Eu vi, em teu olhar, a mim mesmo, mulher!

Escuta, não tenho remédio para controlar teu efeito estufa, para malograr tuas reações adversas, mas, tenho a salvação para a sua vida na Terra.

Vem.

(Flores e um sorriso puro, hasteados, acompanham o cortejo)

Segure.

Vamos.

Nathanaela Honório
Enviado por Nathanaela Honório em 25/04/2011
Reeditado em 25/04/2011
Código do texto: T2930141
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