GOSTARES 2 - Poesia, flores&vento brando

Gosto de povo, do novo e de solidão (pouca), de livros de alegria e de poesia (muita), dos poetas norte-americanos e dos mestres brasileiros, de arte bruta, da luta contra as tiranias todas, de música popular, culta ou caipira. Gosto de Tonico e Tinoco, da Bahia, de rappers de Sampa, pela sua crueza, e de Caetano Veloso pela sutileza confusa.

Acredito em alma, em espírito, em Buda, em Cristo e no candomblé - pai da cultura brasileira, mas me ligo mesmo é na luta política pacifica. Gosto de pôr tudo o que tenho em tudo o que faço, ou seja, busco potencializar o pouco que sou, mas nada de meia-boca, metade, mais ou menos. Fazer média não me convém, mediocridade não sustento.

O impossível e o difícil me atraem, assim como o imperfeito, o torto, o anárquico. Gosto de Fernando Gabeira, na política, o de ontem e o de agora. Da concordância (em termos) e da discordância (do erro), da coerência sempre. Admiro a vivência existencialista de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, exemplo de casal que soube administrar essa conveniência chamada casamento.

Gosto de vento brando, temperatura amena e de tempestade, pela fúria e beleza, de riso, de crianças e de gatos ariscos, inocentes e cruéis, de jardins floridos e de cores diversas. Gosto de mim mesmo e de todo mundo, certo ou errado, tudo é assim real, cru e sofisticado, vida enfim, nada a acrescentar.