DITADURA DE AFETO
Meu coração foi um livro aberto para você. Um livro legível; franco; exposto. Foi de fácil manuseio e leitura, mas encontrou a su´alma sem capa, espelho e face.
Na inexistência de sua face, achei um olhar analfabeto que se negou a me aprender. Ao invés disso, quis me apreender por força da própria lei, quando além de não ler meu íntimo, sua truculência emotiva não soube ler meus direitos.
Tanta pressa nem tentou decifrar os desenhos do código penal de seus caprichos que se autoburlaram, tentando violar o tempo e a democracia do meu amor.