ENQUANTO CONFIO

Sim, eu confio. Mas devo dizer que não sem fio. Só com fio. É que o critério de confiar me desafia, por ser um exercício de amor ao próximo. Ao semelhante. À semelhança, em si.

E nunca solto a ponta eterna do eterno fio. Meu saldo. Meu fundo. Minha herança inconfundível. Foi assim que aprendi na convivência com o ser humano. Comigo mesmo. Tenho sempre um pé atrás, quando se trata de mim.

Confio sim; confio. Mas teço e fio. Fio a fio. É assim que me vendo pra quem me quer. Meu preço é este: assumir o controle da confiança, não importa em quem.

Não rói a corda... não pui o fio... aproveita enquanto me dou... aproveita enquanto confio.

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 23/09/2013
Código do texto: T4494746
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.