Fechando a noite, divago com as estrelas. Faço caretas para a lua que se escondeu entre nuvens, mas deixou as franjas de sua camisola prateada aparecerem. Espero a brisa sul ou o vento alíseo que trazem perfumes de longe. São raras essências que a natureza oferta e que jamais algum químico conseguirá a fórmula perfeita. Um misto de verde molhado com a alma das flores silvestres do vale espargem-se pelos recintos adormecidos. Imagino-as lá, semi adormecidas, suas pétalas se fecham e docemente a planta repousa doando de si o perfume noturno que transborda. Estranho e perpétuo cheiro de natureza pura. Em sentinela, no posto de observação fico atenta a tudo e deixo o coração se aquietar. Ouço canções e as solfejo em silêncio para não quebrar o encanto. Porque a noite fica tão mágica assim? Atrás de cada estrela imagino que haja um anjo a nos olhar desejando o melhor nesse momento noturno.
Boa Noite, assim como eu o faço.
Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 18/03/2015
Reeditado em 27/06/2017
Código do texto: T5174806
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