Poemas são como um denso revoar de gaivotas que empurram com suas asas o crepúsculo. Ali o poeta consegue tocar, se quiser, com suas palavras mágicas em varinha de condão. Podem também azular o sol que teima em ser luz amarela ao amanhecer. No poema tudo se concebe em nome dos sentimentos, risos ou dor.
Poemas também podem ser bolhas de sabão que infelizmente, logo se partem, se não lidos ou aconchegados em algum coração.
Musas são efemeras, umas vem e outras se vão. Enquanto isso a roda gira, a água corre para o mar, o novo se faz velho, a brisa vira ventania e apenas o que é perene é a semente que a Poesia teima em sempre germinar.

Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 26/05/2015
Reeditado em 26/05/2015
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