Água que se vai...

A água descia a rua de pedras , calçadas

Molhando as sandálias e os dedos dos pés

Subia um frio pela espinha, um medo

De morrer tão jovem , ainda sem saber ...

O lampião fraco à gás , fazia sombras no chão

E me vi com quatro metros , tocando o muro

Os cabelos pingavam de chuva e suor

Salgavam a boca sem dizer, gosto de fel...

Os lábios se moveram em palavras cortadas

E como sempre falo sozinho para me ouvir

Respondi as próprias indagações

Ainda sem saber...pois pouco sei de mim.

Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 03/03/2018
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