Solidão mais branda? Fato ou Ilusão? Felicidade então?

Solidão mais branda? Fato ou Ilusão? Felicidade então?

O fato é que não sou só.

O fato é que estou comigo.

O fato é que meu corpo é o meu lar.

O fato é que as pessoas que amo carrego em minha mente.

O fato é que sonho muito,

O fato é que realizo muito ou não.

O fato é que não estou só.

Estou comigo, existe uma pessoa que felizmente é a minha força, e o mundo me recebe de braços abertos.

E o mundo me recebe de braços abertos?

Sim e Não.

Quanto sim e quanto não eu já recebi.

Agora revejo a contagem.

É estranho dizer.

É estranho dizer: sim.

É estranho dizer: não.

Disse diversos não.

Disse muitos sim.

Mas, não por arrogância,

não por prepotência, não por egoísmo.

Não uso destas armas.

Não uso nenhuma arma.

Não gosto de jogos.

Não sei tocar violão.

Talvez não saiba amar então.

Mas, gosto de cantar.

Cantar na chuva, cantar para o mar.

E a solidão no meio do mar?

A solidão no meio do lar?

A solidão no meio da multidão.

A solidão que já me fez transbordar.

A solidão que me tira o ar.

Mas, ela é branda.

Mas, ela não me instiga mais a ser intensa, excessiva, complexa, em total desarmonia.

Agora não adiantam muros pichados em esquinas com nomes de pessoas mortas ou mesmo vivas em chãos, ruas, avenidas, não me tocam em nada as semelhanças com seres nocivos que pairam sobre a mesma calçada que estou, os nomes, as coincidências, nada disto me atinge mais nesta vida!

Coisas pertencentes ao passado e que nele devem se perpetuar.

Não enche!

Que a minha solidão não existe.

É fruto da sua ou de várias imaginações.

Não enche!

Que posso não ter turma nenhuma, posso não pertencer a galera alguma, a tribo alguma, mas tenho laços de amizade com pessoas que me aproximo de verdade!

Prefiro olhar nos olhos, falar com pessoas reais, mas neste mundo tão virtual, as pessoas dissolvem-se no teclado, no celular... ou coisa parecida.

Não se desenvolvem mais temas.

As rodas de conversa morreram?

Os poetas ainda vivem?

Somos poetas flechas que miramos corações e mentes valentes, corajosos, quentes, apaixonados, esquecidos, abandonados, entregues, fechados.

Abrimos as portas dos sonhos, dos devaneios, da loucura, do amor, da paixão, insensatez... Construindo castelos de flechas de amores levados, perdidos, encontrados, reencontrados com o tempo perdidos nos espaços das ruas cheias de Céu, estrelas, mares, praças, carros, bicicletas, igrejas, amores fiéis e infiéis, fidelidade nas flechas da saudade, nas flechas da solidão das esquinas, das meninas, das mulheres, dos homens, nas flechas dos amores de adolescência que trazem inocência e leveza à este mundo pagão. Solidão que embora seja branda,

brota lágrimas do meu rosto e faz arder meu peito com esta crueldade disfarçada de humanidade, que não zela por ninguém. Só Deus pode transformar este mundo estranho em algo primorosamente valoroso e feliz de se viver. É crer e viver para renascer dentro da Luz Divina sendo poeta ou poetisa cheia de flechas nas mãos e no coração, na mente nenhuma certeza. Só a de quê o dia já está acabando e um novo dia recomeçando! Vale à pena LUTAR para SER! SER para LUTAR. Existir para amar sempre e ser amada. Resistir. Resiliência não é morrer com paciência. Resiliência é viver com a certeza de que entregou-se à vida de forma inteira, plena, sonhada, almejada, íntegra e com fé no hoje e no amanhã. Gratidão é o quê eu sinto por todos que passam pelo meu destino. Bons ou maus para mim. Gratidão é o quê sinto. Que o vento leve tudo de pesado em meu destino. E um recado: Que as pessoas não disputem mais os espaços da minha vida com os meus amores verdadeiros que são: EU e minha amada MÃE. Por gentileza percebam que se querem um lugar ao Sol terão de dividir o brilho sempre com outros seres humanos. Pessoas, Cães, Gatos... Fauna, Flora, Gente, Mundo!

"Gente é pra brilhar, não para morrer de fome."

Mais uma vez: Gratidão.

Andréa Ermelin

30 de Abril de 2018.

Iniciando as comemorações do Dia das Mães.

Segunda-feira.

Na madrugada.

Andréa Ermelin de Mattos
Enviado por Andréa Ermelin de Mattos em 30/04/2018
Código do texto: T6322763
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