Mãe Vanda
Quem me dera um dia,
Pudesse dizer-te tudo, o que és, oh! Mãe.
Mulher eterna __ imagem de Maria.
Teria deveras, o maior livro da história.
Capítulos de amor e glória.
A mais fantástica memória:
De cenas de amor carregadas,
De frases eternamente lembradas.
Quem me dera oh! Mãe agradecer-te.
Tudo que por mim fizeste.
Mesmo que todas orações rezasse;
Em todas as procissões estivesse;
As contas de todos os rosários do mundo eu pegasse;
Bilhões de obrigados, dissesse.
Ainda, assim, oh! Mãe me faltaria.
Lembrar de centenas de gestos e conselhos,
Que na verdade tornaram-se
Para minha vida um espelho.
Por isso, eu sempre carrego comigo a tua imagem,
É claro, de uma mulher tão singela.
Mas, ela, a tua imagem, às vezes, confunde-se em mim.
E, fica na minha mente uma silhueta a bailar:
Não sei se de anjo, boneca ou criança;
Não sei se de Maria. De estrela ou luar.
De repente, quando me dou por conta,
Sou você, estás em mim.
Como um sol a brilhar.
Como um farol que ilumina, ao longo, o mar.
Sem fim, oh! Mãe,
É a gratidão a te recompensar.