Em mágica euforia, até fora de propósito, foi de encontro ao que precisava no momento.
Não queria toques, nem beijos ou abraços, não, esses muitas vezes soavam falsos, efêmeros e sem valor. Queria apenas ter a certeza de algo maior, talvez a do criador de tudo. Olhou bem para a amplidão, sentiu do vento uma lufada e algo a impulsionou a ver nos confins do horizonte, que depois da tempestade sempre há um arco íris que mostra que tudo passa, que o pior não é verbo, que sempre há chances de novos caminhos e oportunidades. Sentou-se numa pedra à beira da trilha e revigorada agradeceu pela vida e chance de lutar. Tinha que ser forte e mesmo sózinha enfrentar seus fantasmas, ninguém o faria por ela. Uma lágrima doce desceu-lhe dos olhos e através dela notou que a tarde lhe acenava. A tempestade havia ido, um arco íris no céu a colorir a retina encheu seu coração de fé. Apenas uma frase ouvia em seu interior: levante e siga. Há retas e curvas, passe por elas, é capaz, esqueça o passado e alguma dor. Você é muito maior que isso, tem no sangue o d.n.a de guerreiros. Num forte impulso levantou-se e a passos largos foi em direção ao amanhã...

21/05/18

Fotos da autora numa recente tarde onde o arco íris já desvanecendo ofereceu um belo momento.


Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 21/05/2018
Código do texto: T6342859
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