Meus Olhos

Meus olhos me viram tristes,
Sorri, esperando não chorar,
E não é que de repente cai uma lágrima,
Passou rápido pelo meu rosto
Correu para meu peito,
Em meu coração, sem jeito,
Parou, secou,
Inundou meu interior de Poesia,
Escutei a gritaria abafada,
Tanta coisa molhada,
Insana, suja,
Enquanto eu só queria festa,
Tateando o amor, a aflição se apoderou,
Pedia um jeito a DEUS que eu sangrasse,
Queria que parasse todo aquele pesadelo,
Sonhara com Castelo, não um lar de medo,
Enfadada, lutei, mesmo cansada, bravamente,
Ufa, tinha vencido um gigante,
Não me dera por vencida,
Se existe sina, a minha foi de lutar,
Sempre vi além o que ninguém via,
Sempre senti mais o que ninguém percebia,
Não me achava pior, nem melhor que ninguém,
Diferente, simplesmente, era só Poesia,
Respirava o que pulmão nenhum recebia,
Era "prisioneira" de um mundo todo meu,
Escrevia no ar, na terra, e decorava,
Antes que o vento aparecesse,
Que tudo virasse poeira,
registrava com meus olhos, que nunca esquecera,
Esperando que DEUS, que a mim sempre lera,
Viesse ao meu socorro,
Sempre presente,
Mostrando em minha retina,
A fina linha do que muitos não conseguem enxergar.
Meus olhos viram o infinito,
Entenderam meu grito,
Meu amor,
Sentiram minhas palavras,
Viveram minhas ações,
Meus desabafos e sensações,
Meus olhos dançaram,
Esperaram, brilharam,
Sabiam o que queriam,
Nada falavam, tudo guardavam,
Hoje o que mais quero é ver a mim,
Encontrar o que tanto busquei,
Há um mundo,
Há um DEUS, há união,
Há tanto o que amar,
Tanto o que fazer,
Juntar,
Sentir,
Saber olhar com bons olhos,
Dá uma piscadela,
Jantar a luz de velas,
Abrir as cortinas da alma,
E viver, sorrir.
 
Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 11/12/2018
Reeditado em 20/05/2020
Código do texto: T6524706
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