Apreciei a paz do voo de um pássaro em ziguezagues pela amplidão e meditei para onde ele iria e qual seria, lá do alto a sua visão. Depois em rasantes suaves, certamente pousaria em algum lugar onde deve ter seu ninho. O céu o espiava em silêncio, como eu e o abrigará na imensidão quando meus olhos não mais o enxergarem. Foram com ele os meus pensamentos e quimeras, a realidade chamou e percebi que também voei, minhas asas alçaram voos sem muito norte.
No horizonte do crepúsculo, as cores esmaeceram em rosa e azul, abri as asas e te abracei na paz da tarde que foi, ela sim, abraçando a leve escuridão que chegava bem devagar, tímida, esperando estrelas. Ficou comigo o sentimento de que a vida traçou rumos para eu adivinhar, para seguir em frente, como pássaro, sem receio. Mas, de repente tudo evaporou como fumaça, ali naquele horizonte que parecia tão perto...

09/01/19



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Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 09/01/2019
Reeditado em 31/05/2019
Código do texto: T6547003
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