“DA MINHA VARANDA”.

        

 

 

Manhãs de sol, ou até mesmo chuva.

Que belos dias! As alamedas arborizadas cheias de sombras nas calçadas, como eu sorria... Sorria de felicidade; por isso hoje a saudade, do que eu vivi um dia... Lembro-me dos cajueiros, os maravilhosos coqueiros, dos quais o vento os soprava; o areal a beira-mar, aonde eu contente brincava.

Às vezes eu choro de saudade... Daquelas belas paisagens, daquela gente que um dia, dividiu comigo alegrias, nas minhas traquinagens.

Vejo-me naquele lugar, quando estou a sonhar na minha varanda sentado com os olhos marejados... Sonhando a recordar.    

Não há lembrança mais gostosa, para escrever numa prosa... Do que as que vivemos um dia, pedaços das nossas vidas, coisas jamais esquecidas de encantos e magia.

O sol que era mais frio, o vento mais delicado... O mundo mais encantador; não é só saudade, é amor, de um tempo que passou, daquelas velhas amizades.

Quanto mais os anos passam, mais acumulam saudade... Quanto mais vem a idade, com bem mais sinceridade o muito que se vive é pouco; todo humano é meio louco, quando se fala de saudade.