Atroz Perfídia

Ledo engano, considerar que a vida permitiria soerguer-me, da destruição na qual fui aprisionada.

Não bastasse ser destruída, esmagada, arrebatada da minha vida laborativa, como Professora vocacionada, apaixonada pela sua Arte...

Ela, covardemente, numa atroz perfídia, arrancou-me a metade, que insistia em mamter-me viva!

Já havia retalhado, corpo, alma e coração, teria ainda, que me repartir ao meio, sem dó nem piedade!

Pra quem gritar, a quem culpar, quem é meu algoz?

Nice Macedo
Enviado por Nice Macedo em 10/02/2021
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