Som de minha solidão

A solidão me bate a porta.

Nietzsche. Por favor!

Me ajude a destruir o tempo! Só assim minha alma angustiada deixaria de chorar.

Por que tanto aprendizado agora?

Minhas leituras só agora ganharam vida nestes meus dias! De onde vem o desejo de só descansar?

Minha vontade?

Parar o tempo.

Apalpar o intangível vento de vida.

Sentir o cheirinho de café coado na hora, sem ter que olhar ponteiros que só apontam para obrigações no tic-tac do fazer, fazer, fazer, quando o que tanto quero é a constância dos segundos do olhar da vida que num instante voa.

Deitaria no colo da liberdade, implorando a Chronos que me devolva meus outros dias, pra que a solidão se vá, pra que eu reaprenda a sorrir, acrescentando-me apenas o olhar de quem amo ao som de minha solidão.

Carlos Maciel CJMaciel
Enviado por Carlos Maciel CJMaciel em 22/05/2022
Reeditado em 23/05/2022
Código do texto: T7521785
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