MEU DEUS COMO EU TE AMO!

                  - 14/12/2007 -

 

 

Luzbel,

 

 

 

A melhor experiência que eu tive na minha vida foi a de te amar.

Amo-te tanto que eu sinto que não mais me pertenço, pois esse sentimento que é demais blandicioso me transferiu misticamente para ti de corpo e alma.

Essa transferência, digamos assim, é virtual, mas é, sobretudo, real e misteriosamente inefável, é como se eu fosse ubíquo, e assim,  eu sinto que estou em mim, mas ao mesmo tempo estou em ti.

A imponderabilidade desse amor nos transformou loucamente, já não passamos um dia sequer sem conversarmos, nos vemos duas vezes por semana, tenho até a impressão que respiramos por nós dois.

As nossas vidas de uma hora para outra foram recicladas, para não dizer que foram totalmente modificadas e gostosamente tumultuadas.

Pois perdemos os nossos hábitos costumeiros, as nossas rotinas foram para o espaço, ficamos novamente jovens adolescentes e até de certo modo um pouco irresponsáveis.

Quando estamos juntos parece que o mundo não existe, as pessoas não nos importam, rimos à-toa e transparece em nossos olhos e em todo o nosso ser aquela alegria que andava escondida.

Na hora do amor é a santa ocasião em que somos arrebatados em espírito,  talvez até na carne, para ali na  indizível campina sideral, flutuarmos junto às estrelas, enlevados pelo Anjos que tocam para nós com as suas flautas as celestiais tessituras.

Nesse momento, tu ficas divinamente transfigurada como se fosse um Ente, e eu, me transformo num demiurgo, para vassalamente beijar os teus lindos olhos verdes, e aí, também fico divinamente encantado por ti.

Dio Come Ti Amo nessas horas, pois o amor que sentimos em nós é como se fosse uma imanência  especial do Logos do nosso Criador.

Creio firmemente que tudo isso estava há séculos sendo preparado para nós, pois não fomos normalmente apresentados, não nos conhecíamos e nem sabíamos da nossa própria existência.

E eu até me prontifiquei a virar a tua cidade de cabeça para baixo, só para te achar, isso foi a ocorrência de um sinal evidente que sugere com toda a certeza que, ali estava sendo operado algo invisível pelas mãos de Deus.

E esse sincronismo inexplicável que nos transformou em entes conhecidos e transfigurados, e que, agora ingratamente por falta de compreensão do imponderável,  nós creditamos ao vulgar destino.

Que Deus nos perdoe!

Eu te possuo e tu me possuis, agora somos dois em um, é uma sobreposição tão gostosa que eu passei a me alimentar somente com os teus sorrisos e com a beleza dos teus lindos olhos verdes.

Somos graciosamente irreverentes, isto porque, a inefabilidade do nosso  amor nos fez assim, alegres e vivendo uma vida como realmente deve ser vivida.

Dio Come Ti Amo Luzbel!

 

 

 

 

 

 

 

 


Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 14/12/2007
Reeditado em 14/12/2007
Código do texto: T777548