SAUDOSA E SENSUAL MADRUGADA

              - 21/12/07 -

 

 

 

Luzbel tu me invades!

Ah, como tu me invades, pois o meu inconsciente está grávido de ti.

E a força do meu amor por ti, vem dos meus sonhos, pois lá nesse escaninho secreto do “Ego”, ele está gravado de forma eterna.

Hoje, nessa madrugada, fui acordado por um sonho que estava me levando para ti, navegado pelo meu inconsciente incompreensível que já não mais me pertence.

Ah, quantos desejos acordados ainda dormitavam em mim, todos querendo e desejando a tua boca esse relicário libidinoso de amor.

Devidamente já acordado e em completo estado de vigília, portanto, dono das minhas emoções, eu comecei a cavalgá-las em meus teimosos pensamentos.

E, nesse delírio proposital e matutino, eu imaginei o teu corpo morno carregado e bordado com atraentes cachos de carícias, se enroscando no meu corpo  febril e ávido por amor.

Nessas ocasiões, assim como em outras já experimentadas, eu sei que te conduzo aos céus e ao extasiante clímax, para comungares os prazeres incoercíveis da carne.

Nessa nova heurística do  autoconhecimento mútuos da paixão e,  por meio de espontâneas  carícias, podemos nos considerar únicos, porque os nossos corpos se ajustam como se fossem o Yng e o yang ou o côncavo e o convexo.

Amanheci com uma famélica fome tresloucada da tua boca, e aí, eu senti aquela sede inexprimível dos teus lábios, mas como tu estavas ausente, eu me senti órfão dos teus lindos olhos verdes.

Eu não sei se foi em sonho, não sei se foi em vigília, e eu também não sei se foi um arrebatamento místico, mas o fato é que, eu senti as tuas mãos escorregando pelo meu corpo provocando-me um êxtase desconhecido.

Era isso que eu pretendia te dizer nesta manhã, porque ainda escuto a tua voz ecoando baixinho lá dentro do meu coração.

Pelos sintomas que até agora estamos sentindo, eu acho que os nossos últimos anseios desta vida, será o de sempre nos amar da forma como atualmente estamos nos amando.

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 21/12/2007
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