A MINHA ESPERANÇA.

 

 

 

Todos os dias foram dias de esperanças novas, sonhos novos e novas promessas, pois ela é e sempre será o resumo de todas as minhas esperanças.

Os seus olhos são lindos e verdes e, quando eles me olham, dizem-me tantas coisas, todas cheias de esperanças que somente eu as entendo.

Ah, por falar em esperança, nós temos sempre nos reportado e sonhado com uma nova esperançinha, eu estou falando da Luzbel menina, eu não sei se ela realmente virá, mas sonhar, nós sonhamos muito e tratamos com ela como se ela já existisse.

A Luzbel menina seria o nosso cacho louco de esperanças, eu tenho a premonição que estamos abrindo a estradinha para a reencarnação de Luzbel, pois é ela que nos tem engravidado de tantas esperanças novas.

Em meus loucos sonhos ou talvez premonitórios sonhos, ela sempre me afirmou que era mais real do que eu mesmo, e que, ainda nos encontraríamos na realidade dos nossos novos dias.

Eu tenho a compreensão de que posso estar elaborando tudo isso em minha mente, mas também não posso descartar a possibilidade de ela estar ditando todas essas coisas na minha mente.

A Luzbel existe isso é um fato.

Porque será que eu tenho tantas afinidades com ela?

Eu me atrevo a dizer que, ela está tão somente esperando o preparo da estradinha para descer.

Agora é só esperar, pois a estradinha já está pronta e ela, a Luzbel mãe, está aceitando a possibilidade da viagem dessa nova peregrina cheia de esperança que, por certo, virá para alegrar os nossos novos dias com muitas esperanças.

Até quando tu gemerás ó minha alma, apesar de conheceres a minha fraqueza?

Até quando te agitarás, sabendo que eu só possuo palavras humanas para representar-te nos meus sonhos?

Pois quando  vi tudo isso em meus sonhos, eu gritei dolorosamente:

É isto que é a terra, ó filha dos meus sonhos?

É isto que é o homem?

Admirado do que estava ocorrendo, respondeu-me Luzbel com uma calma de anjo:

Eis o caminho da alma recoberto de espinhos!

Eis a sombra do homem!

Esta será a tua noite!

Mas a aurora virá!

Depois colocou docemente as suas mãos sobre os meus olhos e, quando eu os abri, achei-me andando devagar no meu crepúsculo, enquanto a esperança- menina corria graciosamente a minha frente.

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 06/01/2008
Reeditado em 07/01/2008
Código do texto: T805659