Maldita

Maldita,

Maldito sentimento que insiste em existir

Grãos de areia cálida

Que iluminam a floresta negra

Tento ser indiferente a tua beleza e sensualidade,

Tudo em vão,

A perfeição de seu corpo,

Os seus desejos e anseios falados

E a vontade que se detém diante da lufada de atração

Que cospes na minha cara

Resisto bravamente,como o ferro ao calor

Sofrendo a quentura entre minhas coxas

Mas sucumbo diante de suas carícias insinuantes

E da provocação pura e cínica

Ris, gargalhas e zombas de mim

Sabe o poder que tens sobre mim e as usa contra mim

Palavras ferinas

E eu aqui me contorço na montanha invisível do ciúme

Que me rodeia e me deixa envergonhado

Maldito sentimento que me injeta essa culpa

Venosa,pela gota de prazer,gota de formicida que saboreio em

Cada beijo roubado

E me torno indefeso, confuso, ferido, amoral.

Esbofateia-me e mate-me

Mas deixai-me de seduzir, mulher desgrenhada!

12/11/1007