Ode ao Mar

Ode ao Mar

Ao meu amigo, irmão, Poeta Marrano e persistente amigo, Odmar Braga.

Mar que se renova

Traz as espumas da história

Que esconde tesouros,

Mistérios de um passado,

Que não se pode perscrutar.

És Braga largo que protege o fraco

Que esconde segredos,

Que transcende o mapa das ondas,

Das águas, és o segredo,

O trazer e o levar,

És mar.

O Braga que seria de alguns a praga,

Que é Braga dos quase esquecidos,

Quichaça serena,

És mar de águas tranqüilas,

Persistente voz das ondas gigantescas e águas pacíficas,

Mar que não conta Quimeras

Rebusca e remexe as veredas do tempo e dos fatos...

Mar que é Braga, Quixote sem lança,

Não tem Sancho Pança,

Mar que move os moinhos,

Luta contra os Homens movidos a vento,

Mar que limita e que borda a verdade,

Solau das lembranças galopantes...

Cavalo marinho Anusim cintilante,

És sol de mar...

Mar que é forte, que é força constante,

Testemunha e andarilho do amor errante,

Voz do Mar do Sertão,

Estrela do Mar Sertanejo,

Braga Madrigalesca,

És sangue...

És suor...

És urina...

És Mar dos mares que se calam...

Sertanista inveterado das caatingas profundas,

Braga do solilóquio noturno...

És Mar...

És sal...

És sol de mar.

Carlos José Maciel Alves

P.S.: Esta poesia está devidamente registrada em cartório no nome do autor. Toda reprodução sem a devida autorização sofrerá as sanções penais previstas em lei.