Babilônia de Sentimentos

Erguer as mãos.

Querer tocar os céus.

Babilônia de sentimentos.

Silêncio absoluto.

Tudo se reflete

Na lança sega

Que está cravada no peito

E fôra guiada por mãos sutis.

Mãos assassinas que nada mais são

Do que brasões de vergonha,

Que rasgam tecidos

E os mancham em nódoa.

Tecidos rasgados.

Brasões da vergonha.

Bucolismo árido.

É melhor ser Rei nu do que ser servo corrupto.

As mãos querem tocar os céus...

Babilônia!

Veja!

Eis o caminho de tecidos rasgados que se regeneram com a luz.

Veja!

Luz que mostra o brilho da lança sega,

Escudo quebrado,

Tecidos rasgados

Que se regeneram e curam o câncer da alma,

Traz o bálsamo às dores infindas:

Céu tocado pelas pontas dos dedos

Das mãos que buscam o sagrado.

Peito cravado.

Dedos que deslizam

Sob as lágrimas silenciosas

De um rosto que procura cura:

A Verdade Imortal

Que só é Verdade até quando se descobre outras,

Deixando de ser Verdade

Para ser babilônia de sentimentos.

Lança sega cravada no peito,

A verdade antiga,

Brasões da vergonha,

Tecidos rasgados,

Mãos assassinas que se fazem sutis.

Na lança, o veneno que cega.

Nos brasões, as verdades manipuladas.

Nos tecidos, a nódoa da mentira.

No peito, a verdade de cada um.

P.S.: Esta poesia está devidamente registrada em cartório no nome do autor. Toda reprodução sem a devida autorização sofrerá as sanções penais previstas em lei.

Carlos Maciel CJMaciel
Enviado por Carlos Maciel CJMaciel em 20/12/2005
Reeditado em 20/12/2005
Código do texto: T88756
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