PRINCESA DO AROCÁ

 

 

Nova versão

 

 

Janaína,

 

Etimologicamente o teu nome sugere algo que vem ou está no mar, por isso, acho-o muito próprio de ti, uma vez que, a branca espuma dele te reveste e, nessa candura de pureza, aflora a tua simpatia irradiante.

A epifania que se dedica ao teu nome é por demais hierofânica, pois ele tem origem no grande mar que para os ameríndios era tido como sagrado.

Tudo em ti é mágico, pois o teu nome foi sincretizado com a sereia européia que nos deu a mítica iemanjá.

Ter essa história onomástica é uma grande responsabilidade, um doce orgulho e um venturoso fado.

Somos recentes amigos, mas mesmo assim, sinto a magnífica manifestação holística da tua aura magnetizante.

Penso eu que, essa manifestação que se evola de ti é o fluido que advém do teu nome, e que tem origem nos mistérios que dormitam na imensidão marinha.

Eu sei que geneticamente tu és itálica, apesar de o teu nome ser de origem aborígine, mas o fato é que, foste abrasileirada com esse sorriso imenso e gracioso.

A tua simplicidade e a conquistada erudição não são virtudes conflitantes, muito pelo contrário, tu te portas como uma verdadeira pitonisa do saber.

É assim mesmo, porque os sábios são simples, como dizia T. de Chardin: “O sábio sabe, porque sabe que sabe”.

Diante da simpatia e da pulcritude que tu possuis, eu me considero indigno de compor um belo poema, pois jamais serei capaz de anunciar com exatidão poética aquilo que é belo pela sua própria natureza.

Iemanjá ou mãe-d’água: aquela que vem d’água, eu acho que Talles de Mileto tinha razão quando afirmou que tudo era originário da água, um possível evento que hoje é compreendido pelos modernos evolucionistas.

Talles e os modernos evolucionistas estão afinados pelo mesmo diapasão.

A água é um berçário de vida, pois dela emergiu também a beleza de Janaína.

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 07/03/2008
Reeditado em 07/03/2008
Código do texto: T891523