PARA UMA MULHER QUE AMO

 

Adoro-te, isso é um fato!

Amo-te, isso eu também confesso!

 

 

 

Nesta madrugada eu me acordei e quis compor isto para ti:

De tanto amor que sinto por ti, a minha vida se tingiu de violeta.

Por isso, eu fui pelos caminhos do “Bonja” e, de curva em curva, adejei como uma ave cega em busca de ti.

Enfim, cheguei a tua janela, doce mulher minha e muito amada.

E lá estando, eu sei que tu sentiste o rumor do meu coração que estava quebrado.

E depois na vastidão verde das montanhas, eu me levantei à altura dos teus peitos para o beijo da entrega.

Sem saber, mas sentindo, eu fui arrebatado ao teu trêmulo coração.

Assim, como tu sabes, eu surgi na tua vida para viver entre as tuas mãos.

Agora, em tua casa, eu me acordo junto com as névoas, esperando o teu despertar para encher mais ainda a minha taça de alegria.

Ninguém pode saber o que te devo, porque ele é lúcido demais,

O que te devo é somente o amor, e é como uma raiz que se fixou em ti perseverante e firme como rocha.

O que te devo amor, eu tento descrever com as minhas palavras.

Mas, sem dúvida, tudo o que te devo minha amada é intangível e estrelado.

O que te devo amor é tudo, é como se fosse um poço silvestre perdido no caminho.

Permanecido entre as sombras, esquecido e quieto rebuscado de heras, algas perdidas e liquens, à espera da recorrência do amor.

Este poema ficou impregnado com o teu cheiro, um aroma misterioso que evolou-se do poço infinito do teu amor.

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 11/03/2008
Código do texto: T896795